Criança aguenta a espera e morre enquanto aguardava por medula óssea

A luta contra a leucemia de Newton Osvaldo de Matos, de três anos, morador em Pinhais, na região metropolitana, terminou nesta quinta-feira (31), e infelizmente ele perdeu a batalha. Depois de dois meses internado no Hospital Angelia Caron, em Campina Grande do Sul, o menino não resistiu e morreu, enquanto aguardava por uma medula óssea que fosse compatível. O velório do menino está marcado para começar às 16 horas desta quinta na Capela Bom Jesus, que fica localizada na Rua Guilherme Weiss, em Pinhais. Já o sepultamento deve acontecer a partir das 16 horas de sexta-feira, na Capela Mortuária Municipal de Pinhais. Na semana passada, o pai do menino, Donizete Matos, procurou a Banda B para falar o caso do filho e fazer uma campanha pela doação de medula óssea, uma atitude que pode salvar vidas. “É uma luta diária, são vários os exames e as sessões de quimioterapia”, disse na entrevista do dia 25, mostrando, na ocasião, otimismo com a recuperação do filho, que apresentava melhoras. Apesar da perda do garoto, que será sepultado nas próximas horas, a família pede que o cadastramento para doação de médula continue, para que outras vidas sejam salvas. Medula óssea Segundo a enfermeira-chefe do Banco de Sangue do Hospital de Clínicas (Biobanco), Layara Rau, a medula óssea é o tecido encontrado no interior dos ossos, que tem a função de produzir as células sanguíneas: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas. “Para quem possuí câncer, ela produz essas células com defeito, por isso a necessidade do implante da nova medula. Então quando há a doação, ela vai ensinar o sistema do paciente a produzir novas célula”, explicou. A efetividade do transplante é bem alto, mas é importante a maior compatibilidade possível antes do procedimento. “Estamos conseguindo aumentar o número de doações, mas como nosso país é muito diversificado, precisamos de um número bem alto. A amostra é pequena e o doador se recupera totalmente em poucos dias, mas em muitos casos a pessoa entra no cadastro e nem é chamada, já que a compatibilidade é de 1 para 125 mil”, disse. Para se cadastrar no Banco Nacional de Medula Óssea, o paciente precisa ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde, ou seja, não ter doença infecciosa ou incapacitante (HIV, Hepatite, Câncer, entre outras). O transplante de medula óssea é um procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas. Durante o cadastro, é necessária a retirada de 5 a 10 ml de sangue. Este sangue passará por testes de laboratório que identificam as características genéticas que poderão influenciar no transplante.
Um caso recente que ganhou bastante repercussão e também iniciou uma grande campanha de doação foi a do maringaense João Daniel de Barros, o Bombeirinho, que fez o transplante no HC de Curitiba. Dois anos após o transplante, o menino segue na campanha pela doação, já que foi um caso de sucesso. O doador veio dos Estados Unidos e fez todo o processo anonimamente. Doações Doação de sangue em nome do pequeno Newton podem ser feitos no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar). Contato do pai Donizete: (41) 9982-6912. Quem quiser entrar para o cadastro de doação de medula, basta se encaminhar até um dos bancos de sangue de Curitiba: Hemepar – Travessa João Prosdócimo, 145 – Alto da XV. Hemobanco – Rua Capitão Souza Franco, 290 – Bigorrilho. Biobanco – Avenida Agostinho Leão Junior, 108 – Alto da Glória. Fonte: Banda B

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