Treinador garante que Anderson Silva não mudará seu estilo quando voltar a lutar

O dia 28 de dezembro de 2013 ficará marcado na cabeça dos fãs de MMA. Durante a aguardada revanche contra Chris Weidman, no UFC 168, em Las Vegas, nos Estados Unidos, pelo cinturão dos pesos-médios (até 84kg), Anderson Silva, ao tentar um chute clássico de seu arsenal de golpes, fraturou a perna esquerda. Presente no córner, Rogério Camões, preparador físico e um dos mentores do ex-campeão, se chocou com a cena, assim como todos os brasileiros. Exatamente um mês após a fatalidade, Camões acompanha de longe a recuperação do amigo. Em fevereiro, o preparador físico vai a Los Angeles visitar Anderson e ver o andamento da recuperação. Ainda sem previsão de retorno do lutador, Rogerão já sabe da sua vontade quando puder atuar novamente. "Quando conversei com ele pela última vez, revelou que ainda mantém o sonho de lutar com o Roy Jones Jr. Acredito que quando ele voltar vá à busca dessa vontade. Vamos ver se essa luta sai ou não", conta. Ao lado de Anderson nos últimos sete anos, Camões viu sua ascensão ao topo do Ultimate e ao status de melhor de todos os tempos. Em novo panorama na carreira após as derrotas para Weidman, "Spider", com 38 anos, passa por um momento delicado e a aposentadoria é bastante especulada, mesmo que o astro declare o contrário e seus companheiros de treino e treinadores rechacem essa possibilidade. "Falei que o Anderson já fez muito e não precisava provar mais nada a ninguém, mas isso não quer dizer que ele tenha que parar. Pelo contrário. Estamos juntos em qualquer decisão e quero que ele volte a lutar novamente, enfatizo isso. O Anderson ainda tem muito lenha para queimar e, com a genética que tem, por sempre ter se cuidado, acho que sua recuperação será melhor ainda", afirma. Em 17 anos de carreira, Anderson nunca havia passado por uma lesão tão séria. Agora com o longo período de recuperação pela frente, o brasileiro pode ter de readequar seu jogo com receio de se machucar novamente, principalmente por ter os chutes como uma das principais armas. Camões, no entanto, não acredita em sua mudança no estilo de se apresentar. "Acho que ele vai se adaptar se for necessário. Mas não vejo nenhuma mudança radical em seu jogo, porque depois de solidificar a região quebrada, ela fica mais dura ainda. Ele pode até quebrar em outro lugar, mas naquele mesmo é bem improvável. Com a habilidade que o Anderson tem, com certeza vai criar novas armas para surpreender seus adversários", prevê.

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