AS PIORES AUDIÊNCIAS DA TV (PROGRAMAS E ATORES QUE FRACASSARAM) EM 2013


Divertcs": Nem toda a estrutura disponibilizada pela TV Globo foi capaz de salvar o projeto. Pelo contrário, a pirotecnia falou mais alto que o roteiro. Na tentativa de encontrar uma nova forma de se fazer humor na TV, a produção acabou cometendo um grave pecado: deixou as piadas em segundo plano. Nos bastidores, houve quem comparasse o humorístico ao extinto "TV Pirata". No entanto, a atração estava mais para uma espécie bem produzida - e sem graça - do "Tudo Improviso", apresentado pela Band em 2011. Mirou na "Comédia MTV" e acertou no "Zorra Total". Uma pena!
"Malhação":  A Globo mudou toda a equipe da novelinha na nova temporada. Mesmo assim, a atual fase do projeto continou dando dores de cabeça à Globo. Gabriel Falcão deixa muito a desejar como protagonista e frequentemente é "engolido" pelos companheiros de cena. O ritmo lento adotado pela direção incomoda o público alvo do projeto acostumado com a rapidez das redes socais. Quanto ao enredo, pouco tem se discutido sobre a tal nova família que foi anunciada como foco do folhetim. Ficou claro que não basta a casa cheia estar cheia. É preciso conteúdo. E nessa matéria, a "Malhação" ficou devendo.
"Vídeo Show": Zeca Camargo fracassou na missão de reinventar a revista eletrônica da Globo. Ao invés de bater um papo descontraído com os artistas da casa sobre seus trabalhos na emissora, a atração vem investindo em brincadeiras, por vezes, constrangedoras e totalmente sem graça para quem está em casa. Na nova versão do vespertino, as reportagens e o arquivo do canal perderam espaço. Além de mais curtas, as matérias não interagem com o que é exibido no palco. Tanto que o anfitrião não faz nenhuma menção aos trabalhos dos repórteres pelo Projac. O roteiro amarrado era justamente um dos pontos altos da gestão do diretor Ricardo Waddington.
"Pânico na Band": A transferência do “Pânico” para a Band pareceu ter afetado a criatividade da trupe comandada por Emílio Surita. Após oito anos passando tentando fazer milagres com os escassos recursos da Rede TV!, os humoristas ficaram meio perdidos em uma emissora onde as facilidades para se fazer televisão eram infinitamente maiores. Ter quase tudo à mão tornou a equipe mais preguiçosa. Na temporada 2013, eles investiram em quadros que sádicos colocando todo elenco em situações que misturavam dor, medo e/ou constrangimento. Uma enxurrada de brincadeiras de mau gosto que, em determinados momentos, chegaram a incomodar o telespectador tamanho sadismo da direção. 
Marina Ruy Barbosa e Walcyr Carrasco: Nos bastidores de "Amor à Vida", a perda dos cabelos de Marina Ruy Barbosa se transformou em uma novela. A atriz voltou atrás na decisão de raspar a cabeça para sua personagem na novela. Para se vingar de Marina, o autor Walcyr Carrasco decidiu matar a personagem. Inicialmente, Carrasco teria pensado em investir em uma trama espírita entre a ricaça e o escritor. Isso faria com que, mesmo depois de morta, Nicole continuasse com um bom espaço na novela das 21h. Carrasco achou que Marina não merecia tanto. E, por capricho, estragou um dos melhores núcleos de seu folhetim.
"Got Talent": O reality musical foi o maior fiasco do ano da Record. Apesar de uma edição ágil e uma finalização caprichada, o programa parecia uma cópia mais bem cuidada de produções do SBT como “Qual é o Seu Talento?” e “Astros”. O verniz não escondeu o cheiro de velharia da atração. Faltou candidatos de alto nível e um trio de jurados com nomes de peso para fisgar a audiência. Azar de Rafael Cortez. O bom desempenho do humorista como apresentador não foi suficiente para carregar o reality nas costas. 
Gugu Liberato: Desde que fora contratado pela Record, o apresentador nunca conseguiu repetir o sucesso alcançado no SBT. A coisa piorou com o crescimento de Eliana no Ibope. Com a vice-liderança ameaçada, o loiro se viu forçado a explorar quadros assistencialistas para fisgar o público. Sem o retorno esperado, a direção chafurdou o pé no sensacionalismo para atingir índices esperados pela casa. No intuito de atrair telespectadores mais jovens, o reservado apresentador abriu sua intimidade nas redes sociais e virou piada na internet. Com um dos maiores salários da TV brasileira, Gugu escapou do corte de funcionários imposto por uma crise no canal por conta de um contrato bem amarrado. Sem poder demitir o astro, a alta cúpula da emissora não poupou esforços para fazer com que o loiro se sentisse pressionado a pedir para sair e cortou todo tipo de investimento em seu programa. 
"SBT Notícias": Insatisfeito com os oito pontos marcados pela reprise de "Carrossel", Silvio Santos interrompeu a exibição da novela e mandou colocar no ar o telejornal comandando por Neila Medeiros. O apresentador garantiu, através de um comunicado, que a jornalista seria a única pessoa capaz de vencer Marcelo Rezende e José Luiz Datena na guerra pela audiência. No entanto, a atração nunca superou o Ibope da turminha de Cirilo e Maria Joaquina. Pior: chegou a amargar o quinto lugar ficando atrás até mesmo da TV Cultura, em algumas ocasiões.
"O Dentista Mascarado": Primeiro projeto de Marcelo Adnet no canal, a série era assinada pela dupla de roteiristas de "Os Normais" - Fernanda Young e Alexandre Machado. Para a emissora, o programa iria salvar a audiência das noites de sexta-feira. A combinação de talentos era incrível. Praticamente, não tinha como dar errado. Mas, deu. O projeto apostou em piadas sem graça, em sua maioria escatológicas, cujo humor não agrada nem o público pré-adolescente e foi rejeitada principalmente pelos fãs do protagonista. O roteiro limitou o trabalho de Adnet. A produção não deu espaço para o humorista explorar seu poder de improvisação - sua maior virtude. Apenas Taís Araújo conseguiu se sobressair em um texto recheado de situações falsas.


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