Veja repercussão sobre a decisão do STF de novo julgamento no mensalão

O voto decisivo dado pelo ministro Celso de Mello nesta quarta-feira (18), que fez com que o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitasse, por 6 votos a 5, os embargos infringentes dos condenados no processo do mensalão, repercutiu nas redes sociais e no Congresso, virou alvo de discussão entre juristas e foi comentado pelos advogados dos réus. Os embargos infringentes são um tipo de recurso exclusivo da defesa, que se fundamenta na falta de unanimidade na decisão colegiada acerca de um ou mais crimes dos condenados. No caso do mensalão, eles se aplicam a 12 dos 25 réus. Alberto Toron, advogado de João Paulo Cunha "O deputado ficou extremamente feliz e contente com a decisão. Ficou feliz com a possibilidade de rediscutir ao menos em parte sua condenação. Vamos pedir que se proclame a absolvição dele no crime de quadrilha [...] Nem ao fim nem ao cabo há de se falar em pizza" Castellar Guimarães Neto, advogado de Cristiano Paz “Tratando-se o Supremo como última trincheira a zelar pelas garantias do cidadão, ele nada mais fez que preservar um recurso que é previsto na legislação. A expectativa que esta condenação seja reformada e que, por consequência, o Cristiano seja absolvido” José Luís de Oliveira Lima, advogado de José Dirceu "Esse voto não é apenas para a ação penal 470 (processo do mensalão), mas para todo e qualquer acusado. E não é um voto de um único ministro, mas da mais alta Corte do país. [...] É uma vitória do estado democrático de direito" Hermes Vilchez Guerrero, advogado de Ramon Hollerbach “O ministro Celso de Melo deu um volto preciso sobre os embargos. Ele respondeu todas as criticas que foram feitas” Luiz Fernando Pacheco, advogado de José Genoino "Vamos trabalhar no voto dos quatro ministros que votaram contra. A ideia é tentar convencê-los a mudar de voto" Marcelo Leonardo, advogado de Marcos Valério "Qualquer ministro será melhor do que Joaquim Barbosa [para a nova relatoria]. Todos vimos a condução do processo por ele. Isso [dizer que não favorece] seria negar o óbvio"

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