Os principais assessores do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), não descartam a possibilidade de o chefe desistir da reeleição em 2014. Motivos para essa “guinada” não falta ao tucanato, depois que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) proibiu que o Tribunal de Justiça (TJ) transfira os bilionários depósitos judiciais para o Caixa Único (CU) do Tesouro Estadual.
Pode parecer pouca coisa, mas Richa esperava contar com R$ 2,1 bilhões de reforço no caixa nas vésperas das eleições do ano que vem. Esse dinheiro seria suficiente para iniciar obras que o governo do PSDB, até agora, só prometeu, prometeu, prometeu… O “choque de gestão” tucano no Paraná tem se mostrado mais um ruído de imagem do que uma imagem de governo que pregava “Um novo Paraná” na campanha de 2010.
Os estrategistas palacianos já levaram à mesa do governador Beto Richa a proposta da não reeleição para o Palácio Iguaçu. A conversa é que o tucano pode assumir a bandeira contra a reeleição em todos os cargos e partir para a disputa de uma cadeira no Senado, o que, imaginam, seria um nome quase que imbatível e candidatíssimo a receber o maior número de votos da história.
O PSDB ficaria sem candidato no Paraná? Não. Aí, nessa fórmula, entraria o atual senador Álvaro Dias. O líder oposicionista assumiria a candidatura à sucessão de Richa. De quebra, continuam os estrategistas mais próximos ao governador, desmobilizaria o vice-presidente do Banco do Brasil, Osmar Dias, presidente estadual do PDT, na trincheira inimiga. Nesse caso, os irmãos Dias se uniriam em torno do projeto de volta ao governo do estado.
Richa eleito ao Senado, em 2014, ainda calculam os palacianos, ganharia mandato até 2023. Poderia, mais adiante, pensar em retornar ao governo ou mesmo à prefeitura de Curitiba.
Essa estratégia eleitoral, que consiste na desistência de Richa na reeleição, também foi apresentada ao presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Valdir Rossoni (PSDB), que a teria achado “muito interessante”.
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